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A Batalha Little Big Horn

Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 09/11/2018

Uma das maiores – e certamente a mais famosa – das batalhas entre estadunidenses e indigenas foi a batalha de Little Big Horn (“Pequeno Grande Chifre”), travada em 1876 na região onde hoje fica o estado de Montana, nos Estados Unidos. No conflito, morreram cerca de 40 índios e 240 soldados americanos, entre eles o famoso tenente-coronel George Armstrong Custer – a patente de general, com a qual Custer ficaria conhecido, era apenas temporária e só durou até o fim da Guerra Civil Americana (1861-1865). As disputas entre nativos e brancos explodiram no início do século 19, com a expansão colonial em direção ao chamado Oeste Longínquo, ou Far West, em inglês.

Nessa época, missionários, caçadores de peles, agricultores e militares se aventuraram pela região, invadindo terras que originalmente pertenciam aos índios. “Essas invasões, combinadas com o avanço das ferrovias pelas áreas das tribos e com a eliminação das manadas de búfalos que garantiam a sobrevivência dos nativos, causaram um enorme levante das tribos sioux e cheyenne, que se juntaram para formar a maior força de guerreiros do continente”, afirma o historiador britânico John MacDonald, autor do livro Great Battlefields of the World (“Grandes Campos de Batalha do Mundo”). Com a descoberta de ouro na Califórnia, em 1848, uma nova onda de colonos migrou para o oeste, aumentando o número de conflitos. Pressionado, o governo americano decidiu confinar as maiores tribos em reservas e mandar tropas do Exército para obrigá-las a permanecer por lá. Uma dessas unidades era a Sétima Cavalaria, que tinha uma coluna comandada pelo “general” Custer.

No dia 25 de junho de 1876, o oficial e seus homens encontraram perto do rio Little Big Horn um grande acampamento indígena, liderado pelos chefes Touro Sentado e Cavalo Louco. Subestimando o número de inimigos, Custer ordenou o ataque. Mais numerosos e bem armados, os nativos aniquilaram os soldados. O morticínio, claro, enfureceu o governo, que enviou mais tropas para a região, obrigando as nações indígenas a se renderem. Todas elas desapareceram ou perderam sua riqueza cultural original

União mortal Bem armadas, as tribos cheyenne e sioux se juntaram para arrasar a Sétima Cavalaria

Em 25 de junho de 1876, cerca de 240 soldados de uma coluna da Sétima Cavalaria, tropa do Exército americano comandada pelo “general” Custer, avançaram contra as tribos cheyenne e sioux no vale do riacho Little Big Horn, no território atual de Montana, nos Estados Unidos. A batalha, que ganhou o nome do rio, é considerada o mais famoso confronto do Velho Oeste

1. Após dividir suas tropas para atacar os índios por várias direções, Custer chega a uma ribanceira, de onde avista uma grande aldeia no vale de Little Big Horn. Pedindo reforços e mais munição, ele envia um mensageiro até um destacamento próximo e prepara uma ofensiva para pegar os nativos de surpresa

2. O ataque começa quando uma patrulha da Cavalaria se aproxima da aldeia, desce dos cavalos e atira contra os índios, que reagem prontamente. Além de flechas, machadinhas e outras armas tradicionais, as tribos revidam com rifles de repetição, adquiridos em trocas com negociantes americanos. Essas armas eram mais eficientes que as carabinas usadas pelo Exército

3. Depois da investida da patrulha, a força principal decide atacar. À frente do batalhão, Custer lidera a descida de mais de 200 homens ribanceira abaixo. A ofensiva, entretanto, é bloqueada por cerca de 1 500 índios. Já em campo aberto, os soldados sofrem um contra-ataque violento e são obrigados a recuar

4. Menos numerosos que os índios, os soldados tentam fugir até uma colina próxima e formam um círculo defensivo — alguns matam seus próprios cavalos para usar as carcaças como proteção. Sob o comando do chefe Cavalo Louco, da tribo cheyenne, mais de mil índios avançam contra a Cavalaria

5. Com rapidez, os índios sobem a colina pelo lado oposto, cercando a Cavalaria pelos lados e pela retaguarda. Em menos de meia hora, todos os soldados são mortos. Depois da vitória, as tribos promovem um ritual de vingança, mutilando dezenas de cadáveres. O corpo de Custer, curiosamente, não foi tocado: em vez da farda, ele usava roupas civis na batalha e provavelmente não foi reconhecido.

 

Durante longo tempo o Gal. Custer desfrutou junto a opinião pública americana de uma fama de herói e gênio militar que realmente não condiziam com a verdade. Desde a Academia de West Point, Custer sempre foi um medíocre. Tirava notas assustadoramente baixas, se portava como um canalha irresponsável, vaidoso e cheio de manias. Isso jamais agradou aos colegas de farda que nunca perdoaram suas atitudes. A duras penas e graças a favorecimentos, formou-se em último lugar da sua turma na Academia e logo foi enviado para um comando na Guerra de Secessão.

 

 
General Custer
 
Por incrível que pareça conseguiu se destacar em combate mais pelo seu estilo exibido e espalhafatoso do que pelo emprego sábio das táticas militares aprendidas. Destaca-se inclusive na pior batalha da Guerra de Secessão, Gettysburg aonde morrem milhares de americanos de ambos os lados em conflito.
 
Com o fim da Guerra, Custer retoma o seu posto de capitão de cavalaria e lhe é oferecido o Batalhão de “Bull Soldiers” uma unidade surgida na Guerra formada inteiramente por soldados negros. Ora, seria inimaginável que o vaidoso e arrogante Custer aceitaria essa função. Comandar soldados negros! Impensável! 
 
Neste momento da história americana a cobiça pelo o ouro, a implantação da ferrovia leste-oeste estavam no auge. E os indígenas eram vistos como um problema a ser resolvido com energia e brutalidade. Em 1866 foi nomeado Tenente Coronel e parte para as guerras aos indígenas comandando o recém formado Sétimo de Cavalaria, sob o comando final de outro militar polêmico envolvido com interesses econômicos e ambições políticas. O muito bem relacionado General Sheridan. 
 
Cavalarianos reunidos
 
Após se especializar em ataques a aldeias indefesas, adorar a exposição na imprensa com roupas extravagantes, longos cabelos loiros caindo pelos ombros, Custer se delicia com a fama e o prestígio que desfrutava. Mas sua hora estava chegando.
 
Uma confederação de tribos de várias nações tais como: Sioux, Cheyennes, Comanches e várias outras conseguem finalmente se unificar para dar finalmente o troco aos americanos pelas atrocidades cometidas. No dia 25 de junho de junho de 1876, Custer e cerca de 400 cavalarianos após uma perfeita manobra militar dos índios liderados por Touro Sentado, Cavalo Louco, Nuvem Cinzenta, Homem Medroso de Seus Cavalos e vários outros líderes, divide suas tropas para enfrentar cerca de 5.000 índios na localidade de Little Big Horn. 
 
Batalha Little Big Horn
 
E o resultado foi um dos maiores desastres da história da cavalaria americana. Custer foi aniquilado juntamente com os seus homens e teve seu escalpo arrancado e jamais encontrado. Desta forma se acaba a fama e a carreira de um dos maiores sanguinários que lutaram nas guerras indígenas americanas. Desfruta de uma fama póstuma, que começa a ser questionada a partir da publicação do livro de “Dee Brown”, Enterrem Meu Coração na Curva do Rio, de 1970. Hoje, o antes idolatrado General George Armstrong Custer, faz parte de uma memória da qual os americanos não querem relembrar.
 
A MARCHA PARA O OESTE AMERICANO
Após o processo de independência e da aprovação da Constituição que oficializava os EUA como um país, o presidente George Washington começou a incentivar a colonização das terras que estavam na faixa oeste do país, com a intenção de obter vantagens econômicas e políticas através da expansão territorial, a chamada MARCHA PARA O OESTE.
 
De acordo com o Censo Demográfico dos EUA, os povos indígenas são 4,5 milhoes de pessoas, a população dosEstados Unidos é de  325 milhoes de pessoas, ou seja, os indígenas são aproximadamente 1,5% da população.
 
No Brasil são 209 milhoes de pessoas, 1 milhão são indígenas, ou seja, a população indígena é de menos de 0,5%
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