A Globalização serve para quem?
Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 04/05/2015
Mão de obra barata, matérias-primas a preço de custo, grande facilidade para receber incentivos fiscais dos governos subdesenvolvidos e corruptos, são motivos que fazem com a Nike, por exemplo, uma indústria tipicamente estadunidense não produza mais nos Estados Unidos, o objetivo é lucrar mais e produzir a baixo custo.
Produzir onde for mais barato, esse é o lema da globalização!
Os avanços tecnológicos dos meios de transporte fizeram com que o valor do frete do produto se transformasse em um problema irrelevante. Na década de 1980 o maioir parceiro comercial brasileiro era a Argentina, desde 2009 a China ultrapassou a Argentina e Estados Unidos neste quesito. Esses avanços tecnológicos e científicos transformaram o modo com que as comunidades se relacionam.
Os primeiros japoneses que chegaram ao Brasil no Kasato Maru em 1908 saíram do Porto de Kobe e chegaram a Santos depois de 52 dias, hoje uma viagem até o Japão dura menos de 24 horas. São os avanços dos meios de transporte que proporcionam o deslocamento de pessoas, mercadorias, serviços e capitais transformando o mundo em uma verdadeira Aldeia Global.
E as telecomunicações são praticamente em tempo real, não importando a distância que essas informações tem que percorrer. Para termos uma ideia, a facilidade é tanta de ter um celular que o Brasil encerrou 2014 com 280,73 milhões de linhas ativas, ou seja, quase dois celulares para cada pessoa (dos 190 milhões de brasileiros).
No entanto há um questionamento, a globalização serve para quem?
Para conectar o mundo e transformá-lo em uma área de livre mercado, de contatos culturais até então intransponíveis agora acessíveis a todos ou serve para tornar as multinacionais cada vez mais ricas, mais fortes que alguns estados nacionais?
Você já recebeu algum lote de terras do governo? E uma estrada asfaltada exclusiva? Pois a FIAT já ganhou e por duas vezes, uma em Betim e outra em Sete Lagoas, cidades de Minas Gerais que venceram a disputa (uma verdadeira guerra fiscal) entre outras cidades que receberiam uma indústria da FIAT. Segundo o governo desses estados, os benefícios que uma indústria desse porte pode gerar (por exemplo, em empregos diretos e indiretos) é muito maior do que as perdas em impostos.
Para termos a ideia da dimensão das multinacionais só a WalMart possui 2,1 milhões de funcionários, a Mc Donalds, 1,9 milhões, número maior do que a população inteira de países europeus e americanos como a Estônia, Letônia, Islândia, Macedônia, Jamaica, Guiana, Suriname, Panamá, etc...
Questionamento: Para quem foi criado o modelo de globalização atual? Para as grandes empresas ou para o povo?
Como a globalização afeta sua vida? Quais produtos chegam ao consumidor comum que não chegariam se não fosse a globalização?
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