A INOCÊNCIA DAS CRIANÇAS ou O PECADO, CÉU E INFERNO DOS ÍNDIOS
Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 11/04/2015
Certa feita, nós do sétimo, conversávamos ano sobre o tema dos indígenas. Meu esforço era tentar convencer aos alunos que as manifestações culturais dos indígenas não era macumba como alguns deles afirmavam.
Lembrei imediatamente de um diálogo de Padre Antônio Vieira com um escravo africano. Segundo o escravo como seus pais nascidos na África. e que ninguém nunca lhes tinha apresentado a Deus poderiam ir para o inferno? Mereciam no máximo o purgatório.
Coloquei para eles a seguinte questão:
Se os índios vivem num estado de natureza plena, criando suas regras a seu modo, num estado comunista real, sendo justos uns com os outros, pensando primeiramente em seu bem estar, como eles poderiam ser mandados para o inferno se ninguém os tinha apresentado a Jesus?
E se os índios são bons e honestos, respeitam a natureza, todos tem os mesmos direitos dentro da Aldeia, do velhinho até uma criança, como eles poderiam ir para o inferno se o grande mal foi não terem sido apresentados a Deus?
Foi quando uma criança (em pleno processo mental de julgamento dos índios, se deveriam ir para o céu ou para o inferno) me perguntou:
- E eles não falam palavrão professor?
Neste dia senti uma satisfação muito grande, Kevin me presenteou me deixando entrar no mundo da criança e rever a mim mesmo num passado que continua latente na minha memória.
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