Principal » Posts » Visualizar

América Latina e Anglo Saxônica 2

Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 07/06/2018

O que é a América Latina

 A América Latina não é um espaço geográfico ou continente, mas sim uma expressão usada para fazer referência aos países e dependências da América que foram colonizados por países latinos, ou seja, Portugal, Espanha e França. Portanto, são países e dependências que tem como línguas oficiais o português, o espanhol e o francês.

 Países da América Latina

 Ao todo, existem vinte países latino-americanos e duas dependências.

 Países:  Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e  Venezuela.

 Dependências: Guiana Francesa e Porto Rico.

 Economia (principais características):

 - Os países latino-americanos mais ricos são Brasil, México e Argentina. Considerados emergentes, a economia destes três países corresponde a, aproximadamente, 75% do PIB dos países da América Latina.

 - No geral, são países dependentes da exportação de commodities agrícolas e minerais. Brasil, Argentina, México e Chile se destacam também na produção e exportação de manufaturados, pois possuem uma boa base industrial.

 - Na maioria dos países há uma grande desigualdade social, com forte concentração de renda. Há exceção é Cuba, que possui economia socialista e a desigualdade não é tão significativa, embora também exista.

 - Quase a totalidade dos países é capitalista (exceto Cuba), que seguem os fundamentos da economia de mercado.

 História (resumo)

 Grande parte dos países da América Latina foram colonizados e explorados, a partir do século XVI, por Portugal e Espanha. Portugueses e espanhóis exploraram as riquezas minerais e naturais destes países, enviando-as para a Europa.

A agricultura foi uma das bases da economia no período colonial. Ela se caracterizou, principalmente, pelo latifúndio e monocultura.

No processo de colonização, os espanhóis e portugueses usaram mão-de-obra escrava de origem africana em quase todas as colônias. As terras dos índios foram tomadas a força e a cultura europeia imposta aos nativos.

Durante toda fase colonial ocorreram várias rebeliões e movimentos emancipacionistas, que foram reprimidos como violência pelas metrópoles. Estes países obtiveram somente no século XIX a independência, porém os problemas sociais se mantiveram por muito tempo.

 População

 - Maior parte da população formada por jovens (até 30 anos);

 - Cerca de 80% da população mora na zona urbana (cidades de grande e médio porte, principalmente);

 - Os principais grupos étnicos são: brancos (descendentes de portugueses e espanhóis), negros (descendentes de africanos), pardos e indígenas.

 Religião

- O cristianismo é seguido pela maioria da população latino-americana. Embora as igrejas evangélicas tenham crescido muito nas últimas décadas, o catolicismo ainda é a religião com o maior número de adeptos nos países da América Latina.

 - Principais atividades econômicas: agricultura, mineração, indústria, turismo e extrativismo vegetal.

 - Maior bioma: Floresta Amazônica.

 - Maior rio: Rio Amazonas

 - Maior cadeia montanhosa: Cordilheira dos Andes (região ocidental da América do Sul).

 Você sabia?

 - Comemora-se em 21 de abril o Dia da Latinidade.

 

 

·  Colônia de exploração: a ideia básica da constituição das colônias de exploração é a extração de recursos da natureza, ou seja, obtenção das matérias-primas necessárias para os processos produtivos desenvolvidos nos países europeus colonizadores. Os europeus não têm interesse em trabalhar diretamente na colônia, e a mão de obra escrava negra e indígena foi amplamente utilizada, principalmente no contexto de ocupação da América pelos europeus. Por ser um ambiente de exploração, esse tipo de colônia enfrenta maiores dificuldades para se tornar independente.

América Anglo-Saxônica

 

A América Anglo-Saxônica é um termo utilizado para designar o conjunto de países da América que possuem como idioma oficial o inglês, em oposição à América Latina que constituem os países de colonização portuguesa, francesa e espanhola, os quais possuem línguas oficiais de origem latina, a saber: português, francês e espanhol.

Dessa maneira, os países da América Anglo-Saxônica abrangem uma área aproximada de 19 milhões de Km2 e possuem laços históricos e culturais com o Reino Unido (colonização britânica).

Localizados na América do Norte, América Central e América do Sul, há controvérsias sobre os países que compõem a América Anglo-Saxônica, visto que alguns estudiosos consideram somente aquelas nações que possuem as economias mais desenvolvidas das Américas: Estados Unidos e Canadá.

O termo “anglo-saxões” refere-se aos a habitantes da Inglaterra após a vitória dos saxões (germânicos) sobre os bretões. A maioria dos anglo-saxões são considerados brancos, descendentes de caucasianos

Países Anglo-Saxônicos

Embora convencionou-se chamar de América Anglo-Saxônica somente os Estados Unidos e o Canadá, uma vez que, para alguns estudiosos, o termo refere-se aos países desenvolvidos na América, em detrimento da expressão América latina (países subdesenvolvidos), são 14 países que realmente compõem a América Anglo-Saxônica, a saber:

América do Norte

  • Estados Unidos
  • Canadá (exceto Quebec, língua francesa)

·  Colônia de povoamento: no escrito original, esse tipo de colônia é denominado de “colônia de agricultores”. Neste caso, os chamados colonos, ou habitantes das colônias, são os agricultores europeus e proprietários de terras. Com o trabalho destes sujeitos, há uma tendência de que esse tipo de colônia consiga sua independência em um momento posterior, podendo chegar a ser uma nação independente do país europeu que o colonizou.

 

 

Peregrinos do Mayflower

 

É sabido que, nos séculos XVI e XVII, o continente europeu viveu um período de grandes tensões provocadas pelas guerras civis religiosas. Essas guerras desencadearam-se em virtude do uso político das Reformas Protestantes, que tiveram início em 1517 com as 95 teses de Lutero, contra a Igreja Católica. Nações como Alemanha, Holanda, Suíça, França e Inglaterra foram as primeiras a aderirem ao protestantismo. O caso inglês foi bem peculiar porque, além da penetração das ideias calvinistas, a reforma religiosa foi operada pela própria Coroa, na pessoa de Henrique VIII, que criou o anglicanismo.

 

Os chamados pilgrims fathers, isto é, “pais peregrinos”, foram os primeiros ingleses protestantes a emigrarem para a América do Norte e lá fundarem as primeiras colônias, que, a posteriori, deram origem aos Estados Unidos da América. Esses imigrantes partilhavam da fé puritana (resultante do calvinismo que se desenvolveu na Inglaterra) e, assim como os católicos ingleses, eram perseguidos, no século XVII, pela monarquia absolutista anglicana. Essas perseguições acabaram por levá-los a sair dos domínios britânicos. O navio utilizado para a viagem dos peregrinos chamava-se Mayflower (“Flor de maio”). Ao todo, o navio transportou cerca de 102 passageiros e 25 tripulantes.

 

O Mayflower zarpou da Inglaterra em 6 de setembro de 1620 e seguiu por oitenta dias pelo Oceano Atlântico até aportar na baía do Cabo Cod, que se encontra no atual estado de Massachusetts. O navio permaneceu ancorado nessa baía ao longo de mais dois meses, aguardando o inverno passar. Durante esse tempo, muitas doenças acometeram os passageiros. Dos 102 que estavam à bordo, 53 sobreviveram. Seus líderes eram John Robinson, William Brewster e William Bradfort.

 

Foi ainda a bordo do navio que os imigrantes elaboraram o chamado “Mayflower Compact”, assinado por 41 homens. Esse documento traçava regras a serem seguidas quando finalmente estivessem em terra firme, assentados na colônia. Quando o inverno passou, os sobreviventes do Mayflower aportaram na região hoje conhecida como Plymouth e lá fundaram uma cidade, que subsiste até hoje. No ano seguinte, durante o inverno, os imigrantes já assentados como colonos decidiram comemorar sua sobrevivência e chegada no “novo mundo”. Essa comemoração deu início àquilo que hoje é conhecido como dia de ação de graças, que é comemorado em toda quarta quinta-feira de novembro, como afirma o historiador Leandro Karnal:

 

No início do inverno seguinte, em 1621, os sobreviventes decidiram comemorar uma festa de Ação de Graças (Thanksgiving). Os colonos utilizaram sua primeira colheita de milho, já que a plantação de trigo europeu tinha falhado, e convidaram para a festa o chefe Massasoit, da tribo Wampanoag, que os havia auxiliado desde a sua chegada. O cardápio foi reforçado com uma ave nativa, o peru, e tortas de abóbora. Desde então, os norte-americanos repetem, no mês de novembro, a festa de Ação de Graças, reforçando a ideia de que eles querem ter os “pais peregrinos” de Massachusetts como modelo de fundação. [1]

 

NOTAS

 

[1] KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação: São Paulo: Contexto, 2007. p. 38

 

 

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, aquele "senhor de chapéu" que aparece nas embalagens dos produtos da Quaker não é o fundador da empresa. Trata-se de um saudável e sorridente representante da comunidade religiosa inglesa quaker (em português, quacre), fundada no século XVII. Perseguidos em seu país pela intolerância religiosa, grandes grupos de seguidores da seita emigraram para os Estados Unidos na época da colonização. Passaram a ser especialmente reconhecidos pelos costumes austeros e saudáveis que adotavam em seu modo de viver. Em 1877, em Ravenna, Ohio, a Quaker Mill Company, registrou a marca, que viria a ser uma das mais conhecidas do mundo. Posteriormente a empresa se uniu a duas outras que também beneficiavam aveia, nascendo da fusão, em Chicago, Illinois, a The Quaker Oats Company, em 1901. Embora não estivessem diretamente ligados aos religiosos, os dirigentes da empresa escolheram a figura de um quaker, em seu traje típico, como símbolo de seu produto, numa alusão aos preceitos de pureza, alimentação natural, saudável e integridade adotada por aquela comunidade.

0
Comentários


Deixe aqui seu comentário:



Digite o código acima:

*
Campos Obrigatórios.

2008 - 2014 Secretaria de Educação de Praia Grande
Coordenadoria de Programas de Inclusão Digital | Versão 2.0