16/03/2017 Folha de S.Paulo Lei que proíbe véu em escolas ainda fere muçulmanas 07/10/2007
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São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007
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Lei que proíbe véu em escolas ainda
fere muçulmanas
Maioria das jovens islâmicas na França se adaptou à
mudança, mas continua a ver determinação como ofensa
Em Paris, há estudantes muçulmanas que dizem se sentir
nuas sem adereço; outras preferiram adiar a opção pelo
uso do véu
LÚCIA JARDIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
Faz três anos e meio que ser fiel ao islã é mais difícil para as
jovens muçulmanas que moram na França, proibidas por lei
desde 2004 de portar o véu islâmico nos estabelecimentos
públicos de ensino. O adereço, para elas, é mais do que um
dogma: faz parte da identidade. E é como um atentado à
personalidade que muitas delas recebem a aplicação da lei.
Adotada para adequar as escolas ao Estado laico francês, a
Lei 14 de Março, como ficou conhecida, só deixou às
meninas duas alternativas: ou se adequavam ou
abandonavam os estudos. E o que se vê nas ruas é que elas
adaptaram a devoção religiosa à nova norma.
A cena se tornou habitual: as adolescentes chegam à escola
usando o véu até o último instante, quando o retiram no
portão. A situação inversa se repete quando elas deixam o
local, na metade da tarde.
"