Países Nórdicos
Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 17/09/2019
Os países nórdicos constituem uma região da Europa setentrional e do Atlântico Norte, composta pela Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia, e as regiões autónomas das Ilhas Faroé, arquipélago da Åland e Groenlândia
Apesar do frio e de seus longos e escuros invernos, a Finlândia foi apontada como o país mais feliz do mundo pelo segundo ano consecutivo, segundo o World Happiness Report, um relatório produzido por organizações e institutos de pesquisa internacionais e divulgado em 20 de março, em um evento das Nações Unidas.
A Finlândia é o país com maior pontuação em seis fatores do ranking: expectativa de vida, apoio social, corrupção, renda, liberdade e confiança e expectativa de vida saudável. São 156 países analisados, e o Brasil está em 32º lugar.
O relatório mede o "bem-estar subjetivo" - o quão felizes as pessoas são, e por quê.
Outro destaque do ranking é que ele é dominado por países nórdicos - além da Finlândia, estão entre os dez primeiros a Dinamarca, a Noruega, a Islândia e a Suécia.
Já faz tempo que os países nórdicos lideram rankings do tipo. A explicação mais conhecida para isso é que, embora esses países tenham altas alíquotas de imposto sobre a renda, a população recebe em troca serviços estatais de alta qualidade.
Dinamarqueses, por exemplo, pagam até 51,5% de impostos sobre sua renda, mas conseguem estudar gratuitamente e com qualidade até a universidade, têm sistema de saúde pública de alto nível, licença-maternidade e paternidade generosa e auxílio-desemprego.
O país dá amplo apoio a pais e mães, com creches públicas, e tem orgulho de seu legado em direitos femininos. A Finlândia, por sua vez, foi o segundo país do mundo a dar às mulheres o direito ao voto e o primeiro a conceder a elas plenos direitos políticos.
Ali, 41,5% dos parlamentares são mulheres; nos EUA, por exemplo, elas ocupam apenas 24% dos assentos do Congresso atual.
Existe um conceito dinamarquês traduzido como "acolhedor" ou "aconchego" que se refere a reconhecer momentos de alegria extraordinária ou de reconhecimento social.
O conceito do "hygge" (pronuncia-se "hu-ga") foca no valor das experiências e dos relacionamentos, mais do que em bens materiais. Por exemplo, sentar-se junto à lareira em uma noite fria, vestindo uma roupa quente, bebendo vinho e acariciando um animal de estimação pode ser, para alguns, a tradução perfeita de hygge. Os finlandeses, por exemplo, têm suas saunas, que há milhares de anos promovem uma tradição sagrada para criar vínculos com outras pessoas, sob rígidas regras e costumes.
Os suecos têm a "fika", que pode ser traduzida como "um café", mas que na prática é um momento cultural obrigatório, que as pessoas fazem ao mesmo tempo, para socializar entre si.
Criada nos anos 90, "poupança" foi inicialmente alimentada por recursos de gás e petróleo e tem como objetivo garantir aposentadoria a gerações futuras. Nível recorde equivale a 189 mil dólares para cada norueguês.
O fundo soberano norueguês, o maior fundo de investimento do mundo, superou nesta terça-feira (19/09) pela primeira vez a marca de 1 trilhão dólares, segundo o Banco Central da Noruega, a instituição responsável pela administração dos recursos. Para efeito de comparação, o valor quase alcança o Produto Interno Bruto (PIB) do México.
O valor equivale a aproximadamente 189 mil dólares para cada um dos 5,3 milhões de habitantes da Noruega. Criado nos anos 1990, o fundo foi originalmente abastecido com receitas da produção de petróleo e gás do país. ele tem como objetivo garantir aposentadorias às gerações futuras e cobrir outras despesas estatais quando as reservas de petróleo se esgotarem
O que faz da Noruega uma referência mundial em qualidade de vida? Riquezas naturais? Desenvolvimento? O povo?
Em várias pesquisas, a Noruega é apontada como um dos melhores lugares do mundo para se viver. E é com muito trabalho e a descoberta de uma riqueza incalculável em petróleo e gás que o país tem construído essa fama invejável. No ranking mundial da felicidade, está entre os cinco mais felizes. E de acordo com dados de desenvolvimento humano da ONU, que medem a qualidade de vida de uma nação, o país tão moderno tem ficado em primeiríssimo lugar, nos últimos doze anos.
Tanto na cidade quanto no campo, o estilo de vida norueguês é confortável, porém simples, sem ostentação. O custo de vida é altíssimo, mas a Noruega é uma das nações mais igualitárias do planeta. Quase não existe diferença entre os maiores e os menores salários.
A produção de uma família que tem uma pequena propriedade rural na região, fica exposta em uma loja sem ninguém para atender. Quando chega gente, é só escolher o produto e se realmente vai comprar, tem um telefone à disposição. É só chamar. Tudo tão tranquilo, tão honesto, que as pessoas deixam os produtos à vontade, para quem quiser escolher.
Assim que atende a ligação, dona Othild sai da casa dela, nos fundos da propriedade, e vai até a loja encontrar o cliente. No local ela vende as especialidades da casa: iogurte e queijos orgânicos.
A equipe do Globo Repórter segue a dona da fazenda até o estábulo onde estão as vacas leiteiras. Aos 58 anos, dona Othild é incansável e não para um minuto. A rotina é pesada, mas ela diz que para descansar basta olhar ao redor.
“Eu cresci na cidade. É bom, mas eu gosto daqui. Tenho espaço, ar fresco e pouco barulho… é muito melhor.”
Noruega continua atraindo imigrantes, mas nem todos conseguem um lugar ao sol
A prosperidade da Noruega tem atraído gente que vem de longe. É uma mão de obra necessária, mas que tem incomodado os mais conservadores.
A Noruega é uma monarquia parlamentarista com cinco milhões de habitantes. O PIB per capita é um dos maiores do mundo – dez vezes o nosso.
O governo controla várias empresas e investe pesado no chamado estado de bem-estar social. São serviços públicos de qualidade e muitos benefícios. Tudo à custa de impostos altos e da exploração do petróleo farto, descoberto no oceano.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida utilizada para aferir o grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda.
O IDH é uma referência numérica que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Quanto mais próximo de 1, melhores são as condições para esses quesitos. No mundo, nenhum país possui o IDH zero ou um.
Os países com o IDH mais elevado no ano de 2017 foram: Noruega (0,949), Austrália (0,939), Suíça (0,939), Alemanha (0,926) e Dinamarca (0,925). Entre os menores IDHs, estão Burundi (0,404), Burkina Faso (0,402), Chade (0,306), Níger (0,353) e República Centro-Africana (0,352). O Brasil figura na posição 79ª, com um IDH de 0,754.
Prova: https://docs.google.com/forms/d/1GIH464jDPVTirfgW9r45J-5bCG2sEUgra2gyWQQrlZ4/edit
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