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Protagonismo Juvenil

Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 10/04/2016

          Pensando na sala de aula como um espaço de troca de conhecimentos e que não há mais aquela forma arcaica do depositário do conhecimento e do receptor passivo, o  que aconteceria se trocássemos de papéis e déssemos aos alunos total controle sobre os acontecimentos, que os alunos fossem por si mesmos direcionando suas pesquisas de acordo com seus interesses?

    Desde a faculdade eu já tinha ouvido falar do protagonismo juvenil, quando estudei sob orientação de Cláudio Emanuel, Juarez Dayrell e nossa ministra Nilma Lino Gomes, professores da UFMG, no entanto, até esse momento não tinha comprovado como é bom dar autonomia de criação para os alunos. Lembrei do protagonismo juvenil e colocamos a mão na massa.

  Só para relembrar, o protagonismo juvenil, segundo Costa:

“Protagonismo juvenil é a participação do adolescente em atividade que extrapolam os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno sócio- comunitário ”  (Costa, 1996:90)

Antonio Carlos Gomes da Costa acredita que toda Educação deva levar em conta duas perguntas básicas: Que tipo de homem se pretende formar e que tipo de sociedade pretendemos construir? A primeira questão ele responde a partir da reflexão sobre as principais características do século XX, em que o mundo capitalista desenvolveu um homem excessivamente autônomo e pouco solidário tendo o mundo socialista desenvolvido o contrário.

Para a formação deste homem autônomo e solidário, Antonio Carlos parte de uma concepção de Educação que está de acordo tanto com a Constituição de 1988 como com a LDB de 1996 .Ele parte do artigo 205 da Constituição Federal que diz:

“A educação é um direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade civil, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

E do artigo 1o, da Lei 9394/96, LDB, que diz:

“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nos movimentos culturais”

Uma imagem vale mais que mil palavras, Sávio, Gabriel. Pedro e Guilherme executaram um trabalho excelente, com capricho, boa vontade, tudo fora da sala de aula, ali no bairro Melvi onde eles moram. Deram a si mesmos o nome de "Grupo Comciência", realmente é preciso ter consciência para dar valor às suas raízes como eles fizeram. Para quem tem uma ideia do Melvi como uma área urbana como outra qualquer, verão que não é.

Acessem o trabalho do grupo em: https://www.youtube.com/channel/UCC2PI0giHWqmibzsokhltqQ/videos

 

Vocês vão se surpreender com esses quatro rapazes!

 

 

BIBLIOGRAFIA:

COSTA, Antonio C. Gomes da. Mais que uma lei. São Paulo, Instituto Ayrton Senna, 1996.

 

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