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revolução industrial

Escrito por REGINALDO DOS SANTOS AURESLINO em 28/03/2019

Consequências da Revolução Industrial

História, avanços, mudanças ocorridas, novas necessidades

 

Aumento da poluição do ar foi uma das consequências da Revolução Industrial

 

Introdução (o que foi)

 

A Revolução Industrial foi uma mudança na forma de produção de mercadorias ocorrida em meados do século XIX. Com origem na Inglaterra, revolucionou o modo de produção com o uso de máquinas à vapor e transformações no sistema de trabalho da época. Essa transformação foi um marco decisivo na história e suas consequências sentimos até os dias atuais.

 

Principais consequências da Revolução Industrial



- Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas;

 

- Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados;

 

- Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;

 

- Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;

 

- Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor;

 

- Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo;

 

- Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora;

 

- Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades) motivado pela criação de empregos nas indústrias;

 

- Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas;

 

- Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias;

 

- Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas;

 

- Uso em grande quantidade de mão de obra infantil nas fábricas.

 
 
 

Seu nome era Charles John Huffam Dickens, um escritor que, em pleno séc. XIX, se tornou um verdadeiro best-seller. Para alguns, inclusive, ele foi o primeiro deste gênero.

livros de charles dickens

Dickens se tornou uma celebridade no cenário cultural britânico.

Sua vida e casamento eram assunto de jornal, além de que seus textos, publicados mensalmente na forma de fascículos, vendiam e esgotavam rapidamente.

Dois exemplos:

  1.  Com a publicação do capítulo 10 de “As aventuras do sr. Pickwick” (que apresenta um personagem chamado Sam Weller), as vendas explodiram, tornando o livro um verdadeiro fenômeno literário.
  2.  A primeira tiragem do famoso “Um conto de natal” esgotou em apenas 5 dias.
Charles Dickens 01
Charles Dickens – Foto por George Herbert Watkins (1858)

O produtivo escritor inglês Charles Dickens publicou uma grande quantidade de romances e contos, além de algumas peças teatrais e diversos textos jornalísticos.

A produção de Dickens mescla muito bem o belo com o grotesco. Sua obra também trabalha com o humor, onde personagens cômicos são inseridos em situações inusitadas.

No entanto, as críticas sociais são a sua maior marca.

Dickens foi um grande crítico das consequências negativas provocadas pela Revolução Industrial.

Durante este período, a Inglaterra transitou da produção artesanal para a produção por máquinas, promovendo diversas mudanças na sociedade.

As condições de vida dos trabalhadores pobres eram degradantes, com pessoas vivendo em subúrbios extremamente precários, sem nenhuma condição de higiene, em ruas sem pavimentação, sem esgoto e sem segurança.

Charles Dickens 02
Dickens’ Dream – Ilustração de Robert William Buss. (Charles Dickens Museum, London)

Charles Dickens apresentava, para seus leitores, tudo aquilo que alta sociedade britânica fingia não ver. Seus livros tratam de temas como:

  • Miséria
  • Trabalho infantil
  • Violência doméstica
  • Péssimas condições de trabalho
  • Ausência de educação de qualidade para os mais necessitados
  • Desemprego
  • Prostituição
  • Avareza
  • Desprezo

Essa preocupação do autor diante da pobreza tem origem, em grande parte, de sua infância.

Ainda jovem, com o pai preso por não conseguir pagar suas dívidas, Dickens foi obrigado a fazer alguma coisa para sustentar sua família.

Durante alguns meses, trabalhou numa fábrica de graxa de sapatos.

Testemunhando, de perto, as condições de pobreza da classe trabalhadora inglesa, Charles Dickens acaba se tornando um verdadeiro militante das reformas sociais, refletindo isso nos seus livros e personagens.

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