A importância do PPP na Identidade da Escola
Escrito por DANIELLE RIBEIRO SANTOS em 26/04/2013
Nessa postagem compartilho parte de uma entrevista realizada com a Prof.ª Drªa Ilma Passos sobre a construção do projeto político-pedagógico. Ela defende que, sem a participação de alunos, professores, pais e comunidade, nenhuma reformulação do projeto político-pedagógico está completa.
Selecionei um trecho da entrevista em que Ilma Passos comenta sobre a diferença entre universalizar as oportunidades e padronizar as escolas.
Para quem tiver interesse em ler a entrevista completa, por sinal muito interessante, ela está disponível em: www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0029.asp
Segue abaixo o trecho mencionado para nossa reflexão.
Ilma Passos - Existe uma diferença entre universalizar as oportunidades e padronizar as escolas. Universalizar as oportunidades significa abrir vagas a todos e democraticamente fazer com que os alunos permaneçam na escola dos 7 aos 14 anos. Esse é o ideal democrático da permanência. É a qualidade da escola para todos. Pegue dois sistemas de ensino privado bem grandes no país. O Objetivo tem a sua cara. Quando alguém fala "eu estudo no Objetivo", você tem delineado o padrão de aluno que vai ser formado ali. Quando você fala no Colégio Pitágoras, que é uma rede enorme de Belo Horizonte, você tem delineado também um projeto político-pedagógico, que difere daquele do Objetivo. São escolas particulares que construíram sua identidade a partir dos interesses da escola e das necessidades dos seus alunos, que são alunos de classe média para cima. Ali você não encontra alunos de classes populares. São dois sistemas de ensino - eu diria - de boa qualidade em duas escolas diferentes. Se a escola privada pode buscar uma qualidade diferenciada, por que a escola pública tem que ser igual para todos, no sentido de ter o mesmo padrão? Então taí a questão que o projeto político-pedagógico tem que ter a cara de cada escola.
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