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LEITURAS E CONCLUSÕES PEDAGÓGICAS - PARTE 2

Escrito por ANA CAROLINA ROSENDO G C BAPTISTA em 06/11/2012

 DIVERSIDADE E APRENDIZAGEM – Elvira Souza Lima

 

Tema que já não é mais novidade em nossa rede de ensino, a inclusão para muitos ainda é confusa e desafiadora.

 

Desafiadora talvez seja infinitamente, pois assim é a educação, por estar diretamente ligada a seres humanos. Aliás devo dizer que pra mim, a palavra diversidade usada no título do livro esta diretamente ligada a todos os seres vivos, humanos, vegetais, animais, mas não estou aqui pra falar sobre meu olhar diante da inclusão ou da educação para todos e sim para relatar o que consegui absorver do ponto de vista da autora Elvira de Souza Lima em seu livro Diversidade e Aprendizagem.

 

“O ser humano vem à escola para aprender coisas que não aprende na vida cotidiana.”

 

“...certas conquista serão muito difíceis, ou mesmo impossíveis. Mas não é só a partir do diagnóstico que podemos estabelecer os limites do desenvolvimento humano. A ação educativa é, também, parte da constituição do quadro clínico.”

 

Ou seja queridos colegas, é mais importante o que fazemos para cada aluno do que o laudo que conseguimos para “justificar” suas supostas impossibilidades pedagógicas.

A autora fala durante todo o livro sobre o movimento dialético entre organismo e meio e utiliza o termo “pessoas com impedimentos” ao se referir aos que chamamos de “alunos de inclusão”.

Segundo ela, para estes, “...os contextos proporcionados pela vida em família, comunidade, escola serão situações de aprendizagem, tanto do ponto de vista das relações humanas, como das vivências com a cultura e com o conhecimento formal.”

 

E a escola é o espaço de socialização dos conhecimentos formais, por isso é indispensável para as pessoas com “diversidade biológica”, a autora agrupa os impedimentos destes alunos da seguinte forma:

 

Órgãos dos sentidos afetados, mas sem impedimentos internos que afetem processos do pensamento e atividades mentais. São os casos de distúrbios da fala, audição e visão, parciais ou totais.

 

 

Órgãos dos sentidos sem problemas, com impedimentos internos.

 

Movimentos afetados, mas a percepção (órgãos dos sentidos) e processos internos não. Quanto ao movimento, há, também, variação. Segundo as partes do corpo afetada, pode acontecer ausência ou lentidão dos movimentos.

 

Comprometimento dos movimentos, acompanhado de outros distúrbios.

 

Menciona também que “o planejamento pedagógico deverá considerar cada categoria e buscar trazer o máximo de situações de aprendizagem e desenvolvimento, sempre dentro do âmbito das atribuições da educação escolar.”

 

Esclarece que “quanto maior a plasticidade, maior a possibilidade de sucesso de uma pedagogia que pretenda socializar os conhecimentos escolares e formar o cidadão para a vida em sociedade, incluindo trabalho manual e trabalho intelectual.”

 

Durante todo livro a autora faz um paralelo entre alumas áreas do conhecimento e a inclusão formando claramente um contexto histórico do tema. Ao falar sobre as diversas linguagens na inclusão me chamou a atenção o seguinte paragrafo:

“ Quando pensamos em inclusão, é importante pensar na inclusão dos er humano todo, em todas as situações. Portanto, não só inclusão na sala de aula. Inclusão é participação na vida da escola, nas apresentações, nas atividades cotidianas mais simples e corriqueiras. Para tanto, é necessário valer-se de todas as formas humanas de comunicação, envolvendo as atividades que agrupamos sob a categoria de atividades artísticas.

 

Em seguida a autora passa a descrever os aspectos da formação humana que precisam ser considerados na educação escolar para a diversidade, sendo eles:

 

  • Desenvolvimento cultural

  • As funções psicológicas superiores

  • Tempo e espaço

  • Movimento

  • Emoção e afetividade

  • Exercício da vontade

  • Tomada de decisão

  • Exercício da função simbólica

  • Exercício da criatividade

 

E pra finalizar traça um “perfil dos educadores para acolher a diversidade”:

 

  • estar aberto à experimentação, disposto a observar e a registrar as ações pedagógicas propostas (o encaminhamento) e a performance do aluno.

  • Disponibilidade para assumir, mais frequentemente na escola, a dimensão antropológica do oficio de ensinar. O professor, enquanto adulto, tem a tarefa de garantir a continuidade da espécie, formando as novas gerações, ara que elas se apropriem do conhecimento historicamente acumulado e possam, assim, dar prosseguimento ao desenvolvimento da espécie.

  • Acolher a diversidade, como uma “normalidade” da espécie. Esta é uma aprendizagem que todos precisamos realizar. Superar os preconceitos sociais, historicamente criados e tão enraizados, é um desafio muito de observação constante, além da constatação de quais realizações são capazes os alunos de inclusão.

 

“ A inclusão não é a reclusão da criança na sala de aula de um professor. É a criança se apropriando do espaço escolar, sendo acolhida por todos. Em consequecia, a formação dos educadores para a inclusão deve ser feita para todos os adultos educadores da escola.”

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