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Mídias

Escrito por ANTONIO PAULO DE AMORIM FERREIRA MORAES em 23/10/2014

- Há um trabalho interessante sobre “Escrita e Tecnologia”, que nos arremete aos primórdios da definição grega sobre tecnologia, Heródoto faz referência a habilidade no fazer, no inventar no arranjar a coisa, uma arte no elaborar com habilidade, destreza e arte, que segundo Platão diz respeito a realização material e concreta de algo.

 

- Refletindo sobre as tecnologias que talvez possam estar perfiladas na linha do tempo, poderíamos sugerir, a escrita nos tabletes de argila, nos tão sofisticados papiros, nos papeis escritos com sépia, nas folhas de seda e do nanquim Chinês, na revolução da imprensa com os tipos de Gutenberg, no teclado querty das máquinas de escrever, nos computadores e na forma singular de comunicação dos ipads e tablets. Claro que não podemos esquecer da eficiência dos grafites e lápis até o status que conferia a poucos ter uma caneta tinteiro em um lugar sagrado na sala de visita.

 

- Retrocedendo a essas grandes revoluções das “mídias” há o episódio em que o filósofo Sócrates narra a um de seus discípulos a visita de Theuth, o deus das invenções a Thamus rei do Egito.

 

 - Theuth tenta persuadir o faraó das vantagens da escrita ao rei que em sua sabedoria desaprova a banalidade dessa invenção com o argumento que a escrita iria fazer com que os egípcios parassem de exercitar a memória e os tornariam esquecidos. Teriam muito mais confiança nos pequenos sinais externos ao invés de fazer uso da “memória” a verdadeira escrita, a escrita interna, refutando a proposta de Theuth que havia esbarrado na receita para recordação e não para a memória.

 

 

PS:

Não citei o codex, o longo domínio e jornada dos manuscritos que assombraran o mundo com suas revelações esses que na Idade Média era um dos deveres dos monges copistas para aprimorar seu crescimento espiritual, mas esse é um agradável papo fica para uma próxima postagem e quem sabe sobre a importância da memória para a transmissão de conhecimento [ ... ]            :-)    

                          

                                                                     

Referência:

https://www.unicamp.br/~hans/mh/escrTec.html

Imagem:

https://www.google.com.br/search?q=fountain+pen&biw=1600&bih=799&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=KfhIVNKODYWVgwT7_IKQBw&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAQ#tbm=isch&q=old+ink+pen&facrc=_&imgdii=_&imgrc=y1ypJQASoM7DpM%253A%3B_Htp62mQ32ciZM%3Bhttp%253A%252F%252Fcache.desktopnexus.com%252Fthumbnails%252F1192218-bigthumbnail.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fabstract.desktopnexus.com%252Fwallpaper%252F1192218%252F%3B450%3B281

 

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Comentários


Hélio Antonio do Nascimento diz: Comentario feito em 14/11/2014

muito bom meu caro colega,continue pesquisando....

Diego Mendoza Ferreira diz: Comentario feito em 15/11/2014

Esses dias mesmo, em aula, o professor nos atentou para essa questão filosófica da escrita. Curioso notar como ela também pode ser analisada sob esse aspecto de facilitador da preguiça, assim como a TV. Assistimos, se não me engano nessa mesma aula, um filme que trata desse tema, "Fahrenheit 451", conhece? Sobre o filme: "O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" (o que na história significa "queimador de livro"). O número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius."

Bruno Joaquim diz: Comentario feito em 05/12/2014

Paulo, isto me fez pensar na importância da História oral para inúmeros povos africanos. Isso é um bom tema também para ser abordado. Abraço.

Fabio Feitosa diz: Comentario feito em 18/12/2014

Muito Bom! Um grande abraço.

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