Obesidade - uma nova abordagem
Escrito por ANTONIO PAULO DE AMORIM FERREIRA MORAES em 20/02/2015
A Epidemia da Obesidade exige uma nova abordagem
A Obesidade tem se mostrado como uma das mais sérias e preocupantes epidemias do planeta, que exige dos governos uma séria intervenção.
A ausência de uma política alimentar inteligente tem demonstrado o fracasso dos governos na prevenção da obesidade, é o que tem demonstrado os estudos mais recentes sobre essa questão.
Para combater esse lamentável fracasso global, revertendo esse quadro epidêmico há necessidade de uma nova e urgente abordagem das políticas públicas. Os governos estão sendo chamados para implantar “políticas alimentares inteligentes” com o engajamento conjunto da indústria de alimentos e a sociedade, exigências fundamentais para melhorar os ambientes de consumo e traçando rumos de uma alimentação prática e saudável.
Christina Robert, professor assistente de ciências sociais e comportamentais e nutrição na Universidade de Harvard TH Chan School of Public Health (HSPH), defende a idéia de que a obesidade é impulsionada no momento em que o indivíduo monta seu prato, como seleciona o que comer dentro da oferta de alimentos nas praças de alimentação.
Um entre quatro países que implementaram uma política de alimentação saudável em 2010 apresentam um progresso lento e inaceitável no combate a obesidade.
Reconhecemos que os indivíduos tem responsabilidades por sua saúde mas nós também precisamos reconhecer a existências de ambientes que exploram a vulnerabilidade das pessoas induzindo o consumidor a escolha de alimentos não saudáveis, afirma Robert - "Isso reforça as preferências e demandas por alimentos de péssima qualidade nutricional, consolidando uma cultura de consumo em ambientes que incentivam ainda mais a ingestão de alimentos de péssima qualidade nutricional".
Embora exista históricos isolados de progresso, nenhum país até à presente data inverteu seu quadro epidêmico de obesidade mórbida, segundo Robert e colaboradores. Entre as barreiras enfrentadas está a ação gananciosa das industrias de alimentos industrializados promovendo um poderoso lobby que restringe e enfraquece a capacidade ou falta de vontade dos governos a implementar políticas efetivas ao mesmo tempo que ludibriam a sociedade para que exerça uma pressão política.
Os autores apoiams ações políticas propostas no âmbito NOURISHING criado pela International World Cancer Research Fund para promover dietas saudáveis. O quadro abrange três grandes áreas: o ambiente de alimentos (por exemplo, a rotulagem nutricional, a restrição da publicidade, e os impostos de alimentos), o sistema alimentar (incentivos à cadeia de abastecimento para a produção), e de mudança de comportamento comunicação (intervenções em aconselhamento nutricional e campanhas de conscientização pública ).
Outro papel na série, co-autoria de Steven Gortmaker, professor da prática da sociologia da saúde no HSPH, chama a atenção para o aumento do sobrepeso e obesidade infantil - substancial em países de alta renda e que agora se alastram rapidamente nos países mais pobres. Os estudos dessa pesquisa alertam sobre a importância de regulamentação de publicidade direcionadas para crianças, além de políticas de nutrição integradas que abordam tanto a obesidade e desnutrição, que co-existem e atingem crianças em todo o mundo.
Robert e Kelly Brownell, da Universidade Duke, também co-autor de pesquisas que propõem modelos para incrementar o fluxo de informações entre pesquisadores e formuladores de ações que possam trazer informações acertadas para reverter essa inaceitável epidemia de obesidade mórbida que aflige as pessoas nesse século.
Referência e imagem:
https://news.harvard.edu/gazette/story/2015/02/obesity-epidemic-needs-new-approach/
By Amy Roeder, HSPH Communication/ Adequação Paulo Ferreira
Deixe aqui seu comentário: