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'PROFESSORES TÊM MOTIVOS PARA SE AFASTAR DA ESCOLA', POR ALEXANDRE GARCIA

Escrito por ANTONIO PAULO DE AMORIM FERREIRA MORAES em 10/06/2013

Para o comentarista, o alto número de licenças médicas de professores é sinal de que há muita coisa errada.

O número altíssimo de licenças médicas de professores deveria ter servido, há muito tempo, de aviso para as autoridades da educação. É um sinal de que muita coisa está errada. Deve haver licenças sem motivo, 

sim, mas o que se vê é que a imensa maioria de professores têm motivos fortes para se afastar da escola em que lecionam. São professoras que são ameaçadas de morte por alunos marginais.

Pais ausentes, que só aparecem para brigar. Escolas, que deveriam ser os prédios mais lindos e mais acolhedores do município, muitas vezes estão em situação precária, sem instalações sanitárias compatíveis, telhado que não isola do calor, muros derrubados, cercadas por traficantes. Só abnegados para trabalhar em um lugar desses, por salários que deveriam estar entre os mais altos do serviço público.

Em escolas onde diretores são eleitos, professores ficam sujeitos à demagogia misturada à pedagogia; em outros, a direção da escola está político-partidarizada e fica difícil ensinar o que realmente interessa. Aí vem o esgotamento, a desistência e a fuga. A educação, que deveria libertar, não liberta da ignorância que acorrenta à dependência. E quem perde é o futuro, como mostrou o aluno sem aula: "quem tá perdendo é nós.".

Ponto de Vista de Alexandre Garcia, G1, Bom Dia Brasil - desta segunda-feira (10/6).
SECOM/CP

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Comentários


Roberta Ucci diz: Comentario feito em 11/06/2013

Assisti a esta reportagem, ontem, quando ele fez este comentário. É sabido por todos nós, professores, que estamos com problemas. Mas o nosso maior problema é a união. Como diz um colega:"a profissão Professor é a profissão Coletiva mais Individual que existe". Precisamos nos respeitar, nos unir para que sejamos respeitados. Precisamos ter de volta nossa identidade. Ser Professor sempre foi nobre... Obrigada Alexandre Garcia!

Reginaldo diz: Comentario feito em 23/06/2013

Olá Prof. Paulo Ferreira. Temos o costume de não esquecer situações traumáticas, isso nos leva a somatizar essas situações desagradáveis (e corriqueiras entre nós educadores). Infelizmente pessoas mais sensíveis saem mais machucadas e no fundo todos saímos feridos com essas experiências. Um abraço meu amigo que admiro bastante!

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