- Quando era criança morava no Porto Velho ou Porto Tumiaru/SV, ponto final do Bonde I e II, logo ali, pertinho da Ponte Pensil, onde hoje está o Corpo de Bombeiros/SV, na rua Newton Prado.

- O Morro dos Barbosas era meu quintal, o mangue a piscina, minha e dos amigos, onde nadávamos, pescávamos e andávamos de canoa.

- Logo bem cedinho éramos acordados pelo martelar estridente das arapongas que acordava toda a vila, e as sete horas em ponto a sirene da fábrica de vidro apitava em coro com o sino da matriz.

- O convívio com a natureza era muito intenso, plantas e animais faziam parte das nossas vidas. A natureza estava tão impregnada em nossa pele que nossas mães tinham que esfregar a bucha durante o banho com muita força para arrancar o barro vermelho do nosso corpo.

- Passei a sentir falta da natureza quando entrei para a escola no início dos anos sessenta.

- Quando comecei a dar aula em setenta e oito fiz de tudo para trazer para a sala de aula a natureza e seus mais belos representantes, coleções de rochas multicoloridas, coleções de conchas, herbários, insetários e aprendemos e nos divertimos muito montando esqueletos de sapos, morcegos, galinhas e cobras.

- Percebemos logo cedo a importância das coleções em nossas aulas e talvez por essa razão peço aos colegas professores, alunos e leitores que passem por aqui que acessem o link da Universidade de Harvard e vejam como uma coleção pode ser importante.

- O Museu de História Natural de Harvard abriga uma coleção de réplicas em vidros de algumas plantas em plena floração que oferece aos estudantes de botânica uma oportunidade única para compreensão, da diversidade morfológica.

- Normalmente os herbários guardam exemplares de plantas, flores e frutos secos, desidratados e achatados por serem submetidos aos convencionais processos de prensagem. As plantas coletadas na natureza ficam por longo tempo prensadas em um sanduiche de papel com o objetivo de desidratar o vegetal para impedir seu apodrecimento.

- A coleção de replicas de vidro de plantas em flores foi organizada inicialmente entre 1886 e 1936 com o objetivo de criar uma replica a mais fiel possível de um exemplar verdadeiro.

- Esse desafio ficou a cargo do pesquisador George Goodale que ficou surpreso a fidelidade de algumas réplicas feitas de vidro de animais como polvos, água-viva, estrela do mar e outros.

Os modelos construídos são maravilhosamente realísticos.

Referência:

https://news.harvard.edu/gazette/story/2016/05/putting-the-glass-flowers-in-new-light/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=hu-facebook-general