- Orbitando a Terra dez satélites meteorológicos transmitem dados sobre precipitação pluviométrica, informações críticas e potenciais previsões de enchentes e inundações terrestres que além de desastrosas contribuem para sérias alterações climáticas.

- Pesquisas conclusivas publicados em 11 de fevereiro pela Environmental Research Letters coordenadas pelo professor Patrick Reed da Universidade de Cornell  em cooperação com cientistas da Universidade de Princeton  da Corporação Aeroespacial alertam que dos dez satélites usados para sondar informações sobre o clima, deveriam passar por reparos e no mínimo quatro desses satélites já considerados obsoletos teriam que ser substituídos.

- Particularmente países emergentes estão com seu monitoramento prejudicado e justamente aqueles que apresentam áreas densamente povoadas e que estão sujeitas ariscos de inundações repentinas.

- Os pesquisadores tiveram acesso ao supercomputador Blue Waters da Universidade de Illinois onde processaram dados  dos satélites. A execução de cálculos que levaria centenas de anos para serem completados por sistemas convencionais de sensoriamento rapidamente apresentaram resultados precisos e confiáveis.. O Blue Waters permitiu processar mais de 1,5 petabytes de dados para sua análise. (Um petabyte tem 1.000 terabytes)

- É de vital importância podermos antecipar precipitações pluviométricas potencialmente perigosas para reduzir os riscos de uma catástrofe, dando a oportunidade da Defesa Civil operar em tempo, desocupando com segurança áreas que ponha em risco a vida da população.

- Assim como precipitações imprevisíveis informações sobre secas prolongadas permitem ações preventivas para evitar racionamentos, colapsos e estados de calamidade pública.

- Em suas conclusões o prof. Reed e seus colaboradores demonstraram que mesmo que os dez satélites estivessem operando em perfeitas condições, coletando informações atmosféricas sobre precipitações pluviométricas ainda assim estaríamos longe do ideal. Neutralizando o quarteto de satélites obsoletos os riscos de inundações catastróficas certamente passariam despercebidos.

- Os estudos apontam para que a substituição de quatro ou emergencialmente  dois satélites certamente poderiam fechar as lacunas existentes.

- No artigo publicado os pesquisadores apelam para os países envolvidos nos projetos aeroespaciais a substituição dos equipamentos e uma administração mais eficiente do Oceanic and Atmospheric Administration National, o Departamento de Defesa, a Agência de Exploração Espacial do Japão, A Agência Espacial Européia e outros,onde todos tem seus protocolos definidos.

- É imprescindível que haja um esforço para superar a defasagem de dados obtidos por satélites, apreensões sobre a dramática perda da capacidade dos satélites em mapear o cenário atmosférico não pode ficar restrita a comunidade científica, os governos tem que ter clareza dos perigos potenciais que podem ser evitados e os danos que a falta de planejamento gera a agricultura e a economia de um país.

- Os problemas de péssimo gerenciamento do governo estadual de São Paulo e a cheia do Acre são exemplos da mais absoluta insensatez.

- Em 2004 o Comite de Microbacias oficiou o governo do Estado de São Paulo sobre a eminência de um colapso nos reservatórios de água da Cantareira, todos os setores envolvidos nas gestões de políticas hídricas foram alertados.

- O Brasil conta com cientistas respeitados nas mais exigentes comunidades científicas do mundo e apesar de serem teimosos e insistentes no que se refere a alertar os órgãos competentes, infelizmente não são ouvidos pelos órgãos oficiais e a população paga a conta, quando não paga também com a vida a irresponsabilidade dos maus governantes.

- Até quando ?

Referência:

https://www.news.cornell.edu/stories/2015/02/study-global-rainfall-satellites-require-massive-overhaul

https://news.eoportal.org/web/eoportal/news/content/-/article/study-global-rainfall-satellites-require-massive-overhaul

https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2015/02/com-pior-enchente-da-historia-brasileia-decreta-calamidade.html