Gatos - Felis silvestris catus Através dos tempos os homens domesticaram dezenas de animais e entre eles os gatos. Sepulturas de gatos aparecem nos Sítios Arqueológicos como das Ilhas Gregas de Cyprus a pelo menos 7.500 AP onde se acredita que a domesticação de gatos era prática dá época. A literatura sugere que ao estocarem grãos os egípcios acabaram atraindo ratos e conseqüentemente seus predadores naturais, os gatos. Estava criada ali uma oportunidade a ser aproveitada pelos egípcios que presenciavam os gatos a emboscarem os ratos, resultando na defesa dos estoques de grãos. Uma sentinela com habilidades de pescador, caçador de pássaros, de pombas e cordonízes e um exímio exterminador de cobras. Brincar com serpentes, perseguir ratos, ser guardião de alimentos elevou os gatos ao status de divindade a ser agraciado por leis que restringia a exportação de gatos para além das fronteiras do Egito. O lar que abrigasse um felino morto por causas naturais era mumificado e tinham o luto guardado pela família que raspavam as sobrancelhas como sinal de pezar. Tailândia, Tibet e Japão, são exemplos de locais onde gatos eram sagrados e vivam nos templos budistas mantendo-os livres de ratos. Na mitologia nórdica, Freya a deusa da fertilidade era representada em uma carruagem puxada por dois gatos brancos. Marinheiros e exploradores espalharam gatos através do mundo, transportando-os em embarcações como caçador de ratos e como indicadores do tempo e presságios. Se brincassem no convés a viagem seria tranqüila em caso de inquietação teriam problemas com mau tempo. A Inquisição criada a principio para combater a “crise na fé” responsável por calamidades como, terremotos, misérias, doenças e mortes, deflagrou uma verdadeira caça a bruxa e aos gatos. O extermínio de milhares de gatos, agravou a peste bubônica com o aumento da populacional de ratos livre de seu maior predador natural alastrando a peste negra através da Europa. A maior pandemia que se conhece, com estimativas próxima de 75 milhões de óbitos. Longe desse passado a sociedade tem conferido ao bichano a condição de amigo, irmão e até filho. Os especialistas em markting jogam pesado na propaganda assegurando a humanização dos gatos é uma confortável posição de mercado que têm feito empresas brasileiras a movimentarem R$ 8 bilhões. Os consumidores têm respondido positivamente a propaganda mostrando que não está simplesmente atrás de uma ração de qualidade, por essa razão o mercado oferece tratamento de beleza com escova de chocolate, chapinha, banhos de ôfuros com pétalas de rosas, caminhadas e passeios de fim de semana. A quem puder e quiser enxovais feitos sobre encomendas, perfumaria de primeira, jóias de requinte e um bom mercado de luxo que inclui plano de saúde. Ao contrário do passado não se exige que comam ratos nem exterminem cobras, basta ficarem em casa o resto lhes será providenciado.