O peixe de briga se popularizou por sua beleza e rusticidade, suportando os excessos dos iniciantes na aquariofilia, que comumente pecam pelos exageros na alimentação, no controle e manutenção da temperatura, luminosidade e acidez da água, requisitos dos mais elementares para a criação de qualquer peixe em aquário. A primeira publicação sobre esse peixe foi de autoria do médico Theodor Cantor que o classificou como Macropodus pugnax em 1849. No ano de 1909 o ictiologista americano Tate Regam detectou que esse nome havia sido escolhido anteriormente para descrever outro peixe, cumprindo as regras de nomenclatura científica o peixe passou a ser chamado de Betta splends. Os betas são originários do sudeste Asiático da bacia do rio Mekong, península Malaia (China, Miamar, Laos, Camboja, Vietnã e Tailândia).Secundariamente invadiram as várzeas alagadas das plantações de arroz onde se adaptaram a pouca ou nenhuma correnteza e aos baixos níveis de oxigênio e as oscilações de temperatura. A criação desse peixe, acompanhada de estudos nos proporciona uma experiência única onde a reprodução culmina com o macho se exibindo para a fêmea com cores iridescentes e abraçando o corpo da fêmea forçando-a a expelir os ovos. Os ovos são sugados pelo macho e arranjados em um ninho de bolhas que flutua na superfície do aquário. Dos ovos saem os filhotes que serão cuidados pelo pai que ao menor sinal de perigo suga os filhotes para dentro da boca onde os protege com a vida. Assim que a paz volte ao aquário os filhotes são recolocados no ninho de bolhas flutuantes. A prática da aquariofilia colabora com a formação do iniciante que passa a consolidar o aprendizado sobre os temas ciências, como: fotossíntese; ciclo de vida; ciclo do nitrogênio; e outros importantes temas abordados na escola.