Há um grupo de borboletas popularmente conhecidas como borboleta-palha que são relativamente abundantes nas matas úmidas próximas as coleções de água doce nas bordas da Mata Atlântica. As matas dos morros, Xixova, e Itaipu foram por longo tempo alvo de pesquisas no que se refere a sua entomofauna, isto é, fauna de insetos. Particularmente as borboletas-palha do gênero Actinote com várias espécies residentes nos morros tiveram seu ciclo de vida acompanhados ao longo de vários anos. Os resultados destas pesquisas acabaram virando teses de mestrado e doutorado nas melhores universidades publicas desse país. Muitos outros trabalhos das borboletas de Praia Grande hoje figuram na seleta bibliografia científica, sendo referencial obrigatório nos estudos dos lepidópteros. Faço aqui um agradecimento em nome dos cidadãos praiagrandenses ao prof.Dr. Ronaldo Bastos Francini que têm dedicado sua vida ao estudo da ecologia das borboletas e que nessa área/PG desenvolveu extensa pesquisa científica, identificando algo próximo a 130 espécies de borboletas e decifrando parte dessa intrincada relação borboletas e meio ambiente. Uma parte interessante desse trabalho que tive a oportunidade de acompanhar consistia na captura de borboletas onde se fazia uma marcação e depois soltava-se o inseto. Essa prática captura > marcação > soltura > recaptura, permite que se faça estimativas como n◦. de machos/fêmeas; longevidade; fêmeas grávidas; n◦ de ovos em cada postura; tamanho da área de forrageamento; plantas e flores exploradas; densidade populacional e muitas outras informações de extrema importância para o entendimento e compreensão das variáveis envolvidas no equilíbrio ecológico das matas. (Foto: Rachel F. Daolio,)