Ultimamente as alterações climáticas e os conseqüentes desastres naturais têm surpreendido até os especialistas em previsões pessimistas. Os resultados das chuvas torrenciais desastrosas desenharam um cenário com centenas de óbitos, danos ao patrimônio histórico e prejuízos materiais imensuráveis. Por outro lado esses desastres se repetem ano a ano e não é raro nos indignarmos com as paisagens urbanas que se espalham em áreas de risco com casas se empilhando nas encostas de morros, equilibradas em paliçadas a beira de rios e mangues em lugares totalmente impróprios para moradias. Mesmo cidades, vilas e bairros planejados do primeiro mundo não ficaram fora da ação das chuvas e enchentes como no leste da Austrália onde as águas cobriram cidades inteiras e o maior desastre ocorrido no Brasil em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis/RJ. O solo é uma esponja natural a sua impermeabilização decorrente da expansão das cidades e o lixo jogado indevidamente nas ruas obstruem as galerias de drenagem garantindo as inundações e os riscos de aquisição de doenças infecciosas transmitidas nas águas contaminadas como: Leptospirose, hepatite A, hepatite E, doenças diarréicas (Escherichia coli, Shigella, Salmonella) e, em menor grau, febre tifóide e cólera. Além desse coquetel de vírus e bactérias que populam as águas de inundação há um sério risco daqueles que são forçados a entrar em contado com as inundações ou na remoção de lama e águas de inundações de suas residências que podem se ferir e contrair tétano. Os problemas causados por esses extremos climáticos que estamos vivenciando são extremamente sérios e requerem medias em todos os níveis. Vamos fazer a nossa parte discutindo amplamente essa questão em sala de aula, com nossos pares e familiares, aguardando que o governo faça também sua lição de casa, pois os mais afetados são as crianças.