CARTA AOS “PEDREGULHOS” QUE ENCONTRO PELO CAMINHO. Como professora de português eu acredito no poder das palavras, principalmente nas “eu posso”. Podem dizer que é coisa de “menina mimada”. Fui, Sim! Graças à Deus (e aos meus pais) fui criada a “pão-de-ló”,como falava a minha avó. Tive uma ótima formação intelectual, moral, religiosa e afetiva, e, com isso sempre soube fazer as minhas escolhas. Neste momento, Agora, eu escolho trabalhar bem e dignamente. Uma das minhas características é não apresentar um problema, ou como dizem, uma crítica, sem apresentar junto uma solução. Posso reclamar das condições das salas de aula (sujeira, lousas péssimas, mesas e cadeiras horríveis-quando há-, Má Educação, ou nenhuma, na maioria dos casos), posso inclusive reclamar dos salários, que ao meu ver deveria ser exemplar, visto que ajudo na formação , não mais só intelectual, mas moral, afetiva e religiosa, do futuro do país, e também faço com que meus alunos sejam respeitosos e respeitem. Cobro deles organização, disciplina e interesse. Faço isso quantas vezes for necessário (afinal, aprendemos por repetição). Tem gente que não gosta de mim. Não me importo, pois sei que quem gosta, gosta porque faz parte de um grupo que tem consciência do que é respeito(provavelmente porque é cuidado em casa, tem família), um grupo que se preocupa com todos, com o futuro que teremos. Sei que muitos trabalham com poucas possibilidades, “de mãos atadas”, e sei também que outros muitos são a favor do “como está, está bom”. Não acredito em impossibilidade. Essa palavra eu desconheço o uso, apesar de ouvir por todos os cantos. Acredito em “querer”, em “fazer acontecer”. Meu pai dizia que “a preguiça é a mãe da invenção”, isso porque os inventos servem para auxiliar ou até fazer algo por ou para você, então, se todos os que têm boas ideias as deixassem de lado simplesmente por encontrar algum obstáculo, Hoje não estaríamos na “Era Digital” e sim na “Litográfica”.