A AVIAÇÃO NO RIO. A Procura do Campo. As diligências de ontem tudo nos leva a crer que os empenho d´A Noite em pról da criação de um campo de aviação entre nós serão dentro em breve coroados por uma realidade. Com certeza do apoio do governo à realização dessa grande tentativa de progresso, o intrépido vencedor do prêmio Bartolomeu de Gusmão p aviador Plauchut andou ontem a percorrer os vastos campos que se encontram por grandes extensões do ramal da Santa Cruz. Plauchut partiu da Central às sete e meia da manhã, acompanhado de um novo companheiro e do fotógrafo d´A Noite fazendo evolução do monoplano sobre as tropas do exército em movimento, lembrando-nos exatamente uma fita cinematográfica das manobras do exército francês em que tomou parte como assistente, o Sr Marechal Hermes. De volta da excursão pelos campos, subiram todos para o mirante de Santa Cruz, cujo panorama é sem dúvida dos mais belos que se possam desfrutar. Plauchut deu-nos ali uma idéia do raio visual que se tem do seu aparelho, convencendo-nos de que não se pode sentir de um aeroplano a vertigem da altura. Mas o ardente conquistador dos ares fez nos outras muitas revelações interessantíssimas. 2 Agosto 1911 – A Noite, manuscrito feito pela neta do aviador Edmond Plauchut, profa de Praia Grande Helena Maria Plauchut Amorim Ferreira de Moraes, viva e bem lúcida com 81 anos. O manuscríto é cópia do diário d´A Noite que também foi publicado em “A Verdade Sôbre A História da Aeronáutica” de José Garcia de Souza – 1944 OS: Mãe me desculpe mas publiquei sem sua autorização. A Sra vai ficar brava?