Prof Paulo Ferreira
E.M. Cidade da Criança
PEQUENOS PRODÍGIOS/CIÊNC.HOJE/Sofia Moutinho-03/08
Escrito por ANTONIO PAULO DE AMORIM FERREIRA MORAES em 18/08/2011
Uma pesquisa sobre substâncias cancerígenas do frango, um estudo para melhorar a qualidade de vida de pacientes asmáticos e a descoberta de uma maneira de tornar mais eficiente o tratamento do câncer de ovários. Ninguém se surpreenderia se essas pesquisas tivessem sido feitas em universidades por cientistas formados.
Mas, acredite, elas são fruto do trabalho de três meninas do ensino fundamental e médio que venceram a Google Science Fair, uma feira de ciências virtual, lançada em janeiro, que reuniu mais de 10 mil crianças e adolescentes de 91 países diferentes.
Os participantes tiveram até abril para enviar seus projetos em forma de vídeo ou relatório, ambos em inglês. Os inscritos foram divididos em três categorias de acordo com a idade (13-14 anos, 15-16 e 17-18) e os vencedores foram anunciados em julho, em cerimônia na sede do Google no Vale do Silício, Califórnia (Estados Unidos).
Embora o Google seja uma empresa de tecnologia, as três vencedoras – todas dos Estados Unidos – apresentaram trabalhos na área de ciências biomédicas. Lauren Hodge, de 13 anos, estudou o potencial cancerígeno de diferentes formas de preparo de frango grelhado e descobriu que o limão e o açúcar mascavo inibem as substâncias carcinogênicas da ave, enquanto o molho de soja (shoyu) as potencializa.
Já Naomi Shah, 16 anos, filha de indianos, acompanhou 103 pessoas com asma por um ano para provar que a melhoria da qualidade do ar dentro de casa pode diminuir a necessidade de medicamentos usados por quem tem a doença. Além disso, a menina desenvolveu um dispositivo on-line para medir o efeito do ambiente na respiração do asmático.
Também de origem indiana, Shree Bose, de 17 anos, foi a grande vencedora da feira. Ela levou a premiação em sua categoria e também pelo melhor projeto de todo o concurso.
Shree pesquisou sobre o câncer de ovário e apresentou uma maneira de impedir que o paciente se torne resistente à cisplatina, uma das drogas quimioterápicas mais usadas no tratamento da doença.
Em entrevista à CH On-line, a estudante contou que começou a pesquisa há dois anos, quando o avô morreu de câncer de pulmão. Na época, Shree foi escolhida entre os 30 finalistas do Programa Nacional de Ensino Secundário da Sociedade para Ciência e Público, dos Estados Unidos, e resolveu investir nessa área de estudo.
Comentários ( 1 )
Roberta Esperanza Ucci - 18/08/2011 13:25:49
Magnífico, ou melhor, MAGNÍFICAS! É de uma geração INTEIRA destas que precisamos, e não de crianças mimadas, desorientadas e agressivas. Maravilhoso saber que ainda temos chance de ter uma velhice "tranquila".