Prof Paulo Ferreira
E.M. Cidade da Criança
Escrito por ANTONIO PAULO DE AMORIM FERREIRA MORAES em 14/06/2010
Os besouros estão entre os mais numerosos e diversificados animais do planeta, não só diferem na forma, nas esculturas do corpo, no tamanho e do brilho metálico. Talvez as borboletas os superem no esplendor das cores e na suavidade do vôo, no entanto os besouros são imbatíveis na diversidade, inspirando além dos especialistas, escritores, escultores, pintores e até joalheiros.
As estimativas mundiais indicam a existência de aproximadamente 350.000 mil espécies descritas até o momento, mas a cada ano cerca de 2.000 novas espécies são descritas e acrescentadas ao Zoologycal Record .
Se pensássemos em fazer um inventário da fauna terrestre seria o mesmo que reunir cerca de 1.400.000 espécies, dos quais mais de 30% seriam besouros, o que equivaleria a dizer que de cada quatro animais conhecidos, certamente um deles seria um besouro.
Recentes inovações na metodologia de capturas de insetos com a pulverização das copas das árvores amazônicas com bombas de inseticidas trouxeram surpresas científicas onde 50% dos besouros capturados por este método nunca foram descritos, sendo diferentes de tudo que já se conhecia e nos permitindo prever novas descoberta de centenas de milhares ou até de milhões de novas espécies de besouros, de acordo com algumas avaliações esse número chegaria a sete milhões de espécies.
Besouros deixaram marcas da sua colonização terrestres no período perminiano de 291,5 – 253 milhões de anos, a descoberta de um farto registro fóssil com a descrição de numerosos e diversos representantes nas camadas rochosas chamadas Asselian em Niedermoschel perto de Mainz, Alemanha.
Besouros brocas, aqueles que perfuram troncos e ramos vegetais por vezes se viam presos aos exudados das árvores, essa resina vegetal acabava por evolver todo o corpo do inseto, um fóssil plastificado em um bloco de resina.
O interesse do homem por besouros é relativamente antigo ao que tudo indica algumas larvas de besouros já faziam parte preponderante de grupos humanos no paleolítico.
O escaravelho sagrado do antigo Egito foi venerado no mínimo por 2.000 anos antes do presente.
A luminosidade dos vaga-lumes, as propriedades venenosas de certos besouros e o brilho metálico de alguns grandes buprestídeos, devem ter atraído a atenção de homens primitivos em todas as partes do mundo. As propriedades medicinais da cantaridina dos Meloideos foram conhecidas na antiguidade clássica, assim como a depredação dos estoques de comida armazenados. Mais recentemente em 1505 a celebre pintura de Albrecht Durer representando o besouro-de-chifre Lucanus cervus é provavelmente a pintura européia mais antiga a qual se pode seguramente identificar o besouro até espécie.
Os besouros começaram a ser coletados sistematicamente e comparados por John Ray (1627 – 1765) e J.J. Swammerdam, porém foi Lineu quem classificou um considerável número de besouros mais comuns e encontradiços na Europa em seu conhecido Sistema Natural publicado em 1.758. O trabalho de seus sucessores, Fabricius, Latreille, Erichson e Lacordaire transformaram o sistema artificial de Lineu promovendo as bases essenciais para a classificação moderna.
Charles Darwin interessou-se por besouros e ao longo de sua vida nomeando e identificando, descrevendo e catalogando milhares de besouros.
Comentários ( 2 )
Josefh Hilton Kaytanno - 16/06/2010 10:46:58
BlackHiltonn Kaytanno@hotmail.com
francinilton - 28/07/2011 23:24:35
acho que encontrei um besourinho que não é catalogado,como faço para coloca-lo em conhecimento da ciência ?